DEBATE

Seminário discute cuidado e vigilância em saúde para populações em situação de vulnerabilidade

15/04/2024
Rafael Nascimento/MS

O Ministério da Saúde promove importantes diálogos para identificar potencialidades em comum e fomentar o compartilhamento de informações e conhecimentos. Exemplo disso foi o Seminário “Cuidado e Vigilância Popular em Saúde no Enfrentamento das Doenças Crônicas e Violências: Empoderamento de Populações em Situação de Vulnerabilidade”, realizado no final de março, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Brasília. 

Com o objetivo de discutir e obter consensos sobre ‘cuidado’ e ‘vigilância popular em saúde’ na institucionalização de ações e construção de políticas públicas com populações em situação de vulnerabilidade, o seminário reuniu pesquisadores e trabalhadores do ministério e parceiros estratégicos, como a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), a Fiocruz, o Ministério das Cidades e membros de coletivos de movimentos e práticas em educação popular em saúde.

O encontro permitiu iniciar a construção de uma proposta de estruturação da Rede Nacional de Cuidado e Vigilância Popular em Saúde, além de debates que fortalecem a Política Nacional de Educação Popular em Saúde no âmbito do SUS (Pneps). Ele foi organizado intersetorialmente pelo Departamento de Gestão Interfederativa e Participativa (DGIP) da Secretaria Executiva, pelo Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde (Deppros) da Secretaria de Atenção Primária à Saúde e pelo Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças não Transmissíveis (Daent) da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. 

“Momentos como este reafirmam o compromisso com a construção de agendas pautadas pelos princípios da educação popular em saúde (EPS) e da Pneps com diálogo entre os sujeitos e as coordenações envolvidas e com compartilhamento de conhecimentos técnicos-científicos e populares”, destacou Maria Rocineide Silva, coordenadora-geral de articulação interfederativa e participativa do DGIP. 

Para Gilmara Lúcia dos Santos, coordenadora-geral de prevenção às condições crônicas do Deppros, o evento possibilitou construir, conjuntamente, um horizonte de articulação a partir de um tripé: educação, vigilância e cuidado popular.

“As discussões nos mostraram que há necessidade da criação de iniciativas pautadas no envolvimento popular, repensando as lógicas de estruturação de políticas atualmente em exercício. Além disso, tornou-se evidente a possibilidade de aproximação das diferentes áreas técnicas ao trabalho que será desenvolvido com Agentes Educadoras e Educadores Populares de Saúde (AgPop SUS), podendo construir diálogos relevantes na produção de saúde de forma ampliada”, observou.

Já a diretora de análise epidemiológica e vigilância de doenças não transmissíveis, Letícia Cardoso, frisou que o seminário foi um primeiro passo importante, que conjuga diversas marcas normativas, como a Pneps, a Política Nacional de Vigilância em Saúde e o Plano Nacional de Enfrentamento às Doenças e Agravos não Transmissíveis.

“Vigiar e intervir sobre os problemas de saúde que tem natureza multifatorial é um grande desafio e a Educação e a Vigilância Popular vêm trazer o empoderamento e a aproximação da população com essas temáticas. Dar voz à população dos territórios é uma iniciativa muito importante”, concluiu Letícia.

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Foto: Rafael Nascimento/MS
Fonte:Ministério da Saúde